Há uma crença popular que pessoas bipolares são mais criativas. Essa crença deve-se ao fato de que, na mania ou hipomania, os bipolares experimentam picos de criatividade, borbulhando de ideias, muitas vezes grandiosas demais.
A psiquiatria moderna é capaz de, ao analisar biografias de artistas famosos, supor que muitos experimentaram esses picos de criatividade.
Através da revisão de cartas do pintor Vincent Van Gogh, chegou-se ao diagnóstico de transtorno bipolar. Nos seus últimos anos de vida, pintou cerca de 400 telas. Um retrato da genialidade e do sofrimento que o acometia.
Nem tudo são flores. Toda essa criatividade na fase maníaca (ou hipomaníaca) vem com um custo: Noites mal dormidas; pensamentos acelerados; projetos não finalizados; crença grandiosa em relação às próprias ideias, às vezes com traços de delírio; dificuldade de foco; irritabilidade se for interrompido ou questionado.
Muitos podem achar que ao se medicar esse fluxo vai acabar, mas não é bem assim. Quando estamos estáveis, temos mais controle sobre nós mesmos, podemos ter mais foco e finalizar projetos. E hoje, o que não falta é acesso a outras obras e lugares para se inspirar.
Hoje temos livros, fotos, desenhos, pinturas, música, etc., na palma da nossa mão, na tela do computador. Podemos ver fotos e vídeos de lugares que talvez nunca poderíamos ir. Há museus acessíveis, feiras artesanais, projetos da prefeitura. Tudo isso inspira. O caos não é mais necessário.
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